RENDAS RECICLADAS

Finalmente e conforme tinha prometido, mostro hoje uma das várias peças de que tenho falado nas ultimas postagens, e pelas quais estou completamente rendida.

Uma fruteira feita em crochet, que se pode lavar com um pano molhado, quando necessário, sem perder a forma.

Este é o resultado das minhas experiências e que apresentei em primeira mão, na Agroexpo, onde teve uma boa aceitação, dada a originalidade.

É uma técnica na qual levei um certo tempo a "magicar", mas que por fim descobri a maneira de a pôr em prática, e que me dá a hipótese de aproveitar algumas peças em renda que já não utilizava, ou por não se adaptarem ao mobiliário actual, ou por estarem já gastas, ou simplesmente por já não gostar delas, enfim, existem sempre um montão de razões para pormos as coisas de lado, não é?!, mas que assim, e depois de "moldadas" à minha maneira, consigo fazer peças com formas, feitios e cores deveras interessantes (tudo depende também do nosso gosto e imaginação, claro), e assim aproveitar o que até então estava posto de lado, dando-lhes uma utilidade prática. E fiz já peças bem giras! Eu acho....

Hoje mostro esta com a decoração apropriada (frutos) , mas também a fotografia da peça simples, sem nada. Porque também posso pôr lá dentro o que quiser, bombons, rebuçados, etc.

E então, não foi uma descoberta interessante?

LENÇO PAVÃO

Esta foi uma das minhas primeiros pinturas, feita ainda aqui em casa, em Pongé 5, com poucas condições de trabalho, dado a exiguidade do espaço que tinha para estender o bastidor, e feito aos serões, pois era o único tempo de que dispunha já que durante o dia estava a exercer a minha actividade profissional, mas que me permitia esquecer das horas a passar, tal era o entusiasmo. A paixão era tanta pela pintura em Seda, que não me importava de abdicar de algumas horas do meu descanso, e quando dava por mim eram duas e três da manhã. Mas quando sorrateiramente me ia deitar para não acordar quem já há muito dormia, ia satisfeita por ter conseguido realizar o que me tinha proposto e ansiosa também para que o dia seguinte passasse depressa para retomar a pintura. E cada pincelada, cada mistura de cores era uma expectativa e também uma surpresa pelos resultados. Depois a angústia da fixação das tintas, ainda na panela de pressão, e sempre com o coração em ânsias não fosse suceder algum precalço durante a "cozedura". Mas finalmente o trabalho estava feito e o resultado impecável.

Gostei sempre tanto deste lenço, tem tanto significado para mim, que ainda o mantenho e não abro mão dele, sendo a minha imagem de marca (No início e nas primeiras exposições de pintura em que participei, identificavam-me como "a senhora do pavão", pois ele ficava sempre em lugar de destaque no meu espaço)

Hoje apeteceu-me mostrá-lo aqui, em ponto grande e contar um pouco da sua história.

Agroexpo 2008

Ora cá estou numa foto da que já é uma recordação da Agroexpo 2008, junto de um dos meus lenços com franjas e duma écharpe que embora tivesse dois tons muito contrastantes (vermelho e verde), mereceu rasgados elogios e acabou por ser vendida, aliás como o lenço das franjas (e mais umas quantas peças), a um casal de turistas que se encantou com as minhas sedas.
Este evento teve milhares de visitantes, pois de ano para ano se nota a afluência de cada vez mais pessoas, e embora pessoalmente eu não me possa queixar das vendas, mas é um facto que cada vez as pessoas compram menos ou apenas aquilo que é estritamente necessário. A crise vai grande!!

Para além das minhas sedas, este ano apresentei também um artigo novo de que falarei numa próxima postagem e que teve um ENORME sucesso. Fiquem curiosas.....
Resumindo e concluindo, o balanço é positivo, pois para além da exposição dos meus trabalhos, sabe sempre bem rever pessoas que não via há muito,(nasci no Algarve, ali mesmo) familiares, amigos, amigos dos amigos, conhecidos, etc.., ter contacto com o público em geral, ouvir opiniões, sempre agradáveis por parte de todos. Foi bom e ficamos a aguardar a próxima.