Esta foi uma das minhas primeiros pinturas, feita ainda aqui em casa, em Pongé 5, com poucas condições de trabalho, dado a exiguidade do espaço que tinha para estender o bastidor, e feito aos serões, pois era o único tempo de que dispunha já que durante o dia estava a exercer a minha actividade profissional, mas que me permitia esquecer das horas a passar, tal era o entusiasmo. A paixão era tanta pela pintura em Seda, que não me importava de abdicar de algumas horas do meu descanso, e quando dava por mim eram duas e três da manhã. Mas quando sorrateiramente me ia deitar para não acordar quem já há muito dormia, ia satisfeita por ter conseguido realizar o que me tinha proposto e ansiosa também para que o dia seguinte passasse depressa para retomar a pintura. E cada pincelada, cada mistura de cores era uma expectativa e também uma surpresa pelos resultados. Depois a angústia da fixação das tintas, ainda na panela de pressão, e sempre com o coração em ânsias não fosse suceder algum precalço durante a "cozedura". Mas finalmente o trabalho estava feito e o resultado impecável.
Gostei sempre tanto deste lenço, tem tanto significado para mim, que ainda o mantenho e não abro mão dele, sendo a minha imagem de marca (No início e nas primeiras exposições de pintura em que participei, identificavam-me como "a senhora do pavão", pois ele ficava sempre em lugar de destaque no meu espaço)
Hoje apeteceu-me mostrá-lo aqui, em ponto grande e contar um pouco da sua história.
3 comentários:
Olá Judite
São estas coisas que têm tanto de nós , do nosso esforço e dedicação, que nos dizem que vale a pena seguir os nossos sonhos.
Beijos
Ana
Olá Judite, está pintura me agrada muito! O pavão tem um que de realeza, uma aparência imponente!! Acho lindo demais!!! Um beijinho e uma ótima semana pra você. Tete Fontes
Alegria y colores estan bien juntos! Beijos de Arianna!
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